No Mês da Consciência Negra nos Estados Unidos (Black History Month), dias depois do imigrante congolês Moïse Kabamgabe ser covardemente assassinado, vemos o racismo dar as caras em uma coleção nojenta de NFTs.
Chamado de “Meta Slaves” (meta-escravos, em português), o projeto conta com diversas fotos de pessoas pretas. As imagens foram colocadas à venda no OpenSea, e os perfis nas redes sociais da coleção foram criados no dia 25 de janeiro.
Após os NFTs gerarem grande revolta na internet (e com razão), o projeto foi retirado do ar e os criadores pediram desculpas “a quem se ofendeu”:
“Pedimos desculpas a quem se ofendeu com nosso projeto, mas estamos aqui apenas com boas intenções. Paz para todos“, diz o Tweet.
Além da declaração, os criadores alteraram o header do Twitter, adicionando pessoas brancas. Em sua descrição na rede social, o projeto afirma que quer “mostrar que todos são escravos de alguma coisa. Um escravo de desejos, trabalho e dinheiro“.
No entanto, o perfil no Instagram só mostra pessoas pretas, o que demonstra a real intenção da criação do projeto. O primeiro NFT da coleção é uma foto de George Floyd, homem preto norte-americano que foi brutalmente assassinado, vítima do racismo, por um policial em 2020, nos Estados Unidos.
Prints: BrasilNFT / Kris Antoni (Twitter)