Na última quinta-feira (14), o banco Itaú anunciou o lançamento de sua plataforma de tokenização, a Itaú Digital Assets. A divisão será responsável por transformar ativos reais em representações digitais, além de oferecer serviços de custódia de criptoativos.
A nova unidade do banco trabalhará também com negociação de tokens no mercado secundário e uma solução chamada “Tokens as a service” (TaaS), em que outras empresas poderão emitir seus tokens usando a plataforma do Itaú.
Segundo Michel Cury, superintendente de mesas e produtos do Itaú Unibanco, o banco pretende se tornar líder no Brasil no segmento de tokenização.
A executiva Vanessa Fernandes, que já trabalhou em grandes instituições, como Deutsche Bank e J.P. Morgan, irá chefiar a Itaú Digital Assets.
Vanessa revelou que o Itaú se interessou pelo blockchain há cerca de cinco anos e, durante o período, fez parcerias e acompanha o avanço da tecnologia. Segundo ela, o segmento de tokenização da instituição está sendo desenvolvido há mais de um ano.
O Itaú já fez seu primeiro teste, ao emitir um token de recebíveis com valor total de R$ 360 mil e prazo de vencimento em 35 dias. Vanessa comentou que, após esse primeiro teste bem-sucedido, a instituição deve conectar o segmento de tokenização com os demais produtos oferecidos nas plataformas do Itaú.
Segundo ela, este serviço constituirá parte do portfólio do banco, e que a instituição busca democratizar essa classe de ativos para o investidor comum, e adiantou que até o fim do ano o grupo fará um lançamento voltado para o público mais amplo.
O grupo não descartou oferecer no futuro a compra e venda de Bitcoin, Ethereum e outras criptos na plataforma.
Vale lembrar que a instituição é uma antiga crítica das criptomoedas, e já declarou, no passado, que elas eram usadas para lavagem de dinheiro, descartando o interesse de relação com o setor.
Em 2015, o Itaú chegou a fechar a conta do Mercado Bitcoin, maior corretora do país. O banco alegou “desinteresse comercial na manutenção da conta”. Para conseguir ter a conta reaberta, a empresa foi à Justiça.
(adaptado da matéria do CanalTech)