A digitalização de commodities como a são representa uma oportunidade de modernizar o financiamento agrícola e oferecer garantias mais seguras. É um mercado em potencial que está sendo desenvolvido pela Agrotoken na Argentina e que chamou a atenção do Banco Santander, na Argentina.
Blockchain e a tokenização de ativos agrícolas tem potencial de expandir o acesso ao crédito agrícola, permitindo que os produtores usem mais colheitas como garantia digital e portátil que podem armazenar em seus smartphones.
É uma inovação tecnológica destinada a fornecer soluções financeiras para um setor tradicionalmente complexo, sensível, sujeito a choques climáticos e longos ciclos de produção. Essas características muitas vezes resultam em escassez de liquidez e transações financeiras informais, dificultando o acesso dos produtores ao setor bancário tradicional.
O conceito se baseia em uma premissa fundamental: A tokenização de matérias-primas mitiga os riscos que o financiamento agrícola representa para bancos e fintechs. Soja, milho ou trigo, são convertidos em ativos digitais tokenizados, rastreáveis e negociáveis, que podem ser listados em plataformas de investimentos e usados como garantia. O emprego da blockchain também cria históricos de transações, facilitando a determinação do perfil financeiro do produtor.
Cada token representa uma tonelada de grãos que o produtor vendeu e entregou a um intermediário. E, em troca, o produtor recebe o compromisso de comprar parte da safra e que representa o valor real.
É a tecnologia abrindo novas oportunidades de crédito. Além de abrir a possibilidade de taxas de juros mais diversificadas para o produtor.