Semana passada, no dia 2 de fevereiro, o usuário do Twitter chamado Space Cowboy (@topshotfund) decidiu ir a público e acusar a página de promover projetos NFT suspeitos, sem divulgar que se tratavam de anúncios.
O tópico obteve engajamento rapidamente na comunidade, com 1.000 retuítes e mais de 2.000 curtidas em 24 horas. Nele, Space Cowboy diz que o @NFT estava cobrando dos criadores dos projetos US$ 100 mil por postagens promocionais que não foram claramente rotuladas como anúncios, o que gerava confusão entre os seguidores da páginas, especialmente entre os mais novatos no mercado.
a Mark Cuban owned Instagram account w/ 1.7m followers is promoting a shadowy cabal of scammy copy pasta NFT projects without proper disclosures, thus taking serious advantage of the less informed
a thread 🧵 pic.twitter.com/LSuyAmj5MQ
— TSF | Space Cowboy (@topshotfund) February 3, 2022
Os projetos divulgados usavam mecanismos de compra de seguidores para maior legitimidade, mas, apesar disso, a conta afirmava que a divulgação era feita após os projetos passarem por uma verificação interna, numa espécie de curadoria. Na maioria das divulgações, o perfil no Instagram dava como certo o sucesso dos projetos em questão. No entanto, segundo dados da denúncia, 70% dos projetos endossados pela página tinham seus tokens negociados abaixo ou no mesmo valor de lançamento — o levantamento mostra algumas negociadas até 98% abaixo do valor inicial.
Em janeiro, o Twitter já havia suspendido a conta. O @NFT foi banido do Instagram na última quinta-feira, 3 de fevereiro.
“Esta conta foi desativada após repetidas violações de nossas políticas e não será restabelecida”, disse um porta-voz da Meta, empresa controladora do Instagram, à Rolling Stone. O representante não deu mais detalhes, mas apontou para uma parte das políticas das plataformas que proíbe tentativas de vender, comprar ou trocar contas, privilégios de sites ou recursos de produtos.
Ao ser questionado por e-mail, Mark Cuban afirmou ser apenas um investidor, e insistiu que não está envolvido com operações, copiando seus dois parceiros de negócios, Jason Falovitch e Aaron Avruskin. Avruskin admitiu alguns erros, e justificou que a empresa sempre incentivou a comunidade a pesquisar por contra própria. “Pedimos desculpas por qualquer mal-entendido, e adicionaremos camadas adicionais de transparência no que apresentamos para nossa comunidade no futuro”.
O usuário contou à Rolling Stone que desconfiava de algo desde que entrou na página pela primeira vez. “Claramente estavam ali pelo dinheiro fácil e não preocupados com a comunidade”.
(Fontes: Exame; Rolling Stone)
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