O tão esperado headset de realidade mista da Apple, cujo lançamento deverá ocorrer em junho deste ano, será equipado com uma gama de softwares e serviços que promete conquistar até os consumidores mais cautelosos. Fontes familiarizadas com o assunto disseram à Bloomberg que os usuários do dispositivo poderão acessar milhões de aplicativos por meio da nova interface 3D.
As ofertas incluirão jogos, ferramentas de fitness e meditação e versões otimizadas do navegador Safari. Além disso, contará com serviços da marca da maçã para calendários, contatos, arquivos, controle doméstico, correio, mapas, mensagens, notas, fotos, lembretes, música, notícias, ações e aplicativos meteorológicos.
Outros atrativos do dispositivo serão uma versão do Apple Books e um app de câmera. Ele receberá ainda versões do aplicativo de colaboração Freeform (lançado no ano passado, permitirá que os usuários trabalhem juntos em quadros brancos virtuais em realidade mista) e do FaceTime (a ideia é fazer com que os participantes sintam que estão conversando no mesmo lugar).
Na parte de esportes, o óculos possibilitará a visualização de maneira imersiva – a Apple já oferece jogos da Major League Soccer e da Major League Baseball na Apple TV+, mas pretende tornar essa experiência mais rica. E o vídeo imersivo também se estenderá ao aplicativo de TV – a companhia planeja que os usuários possar assistir a vídeos em diferentes ambientes virtuais, como deserto ou céu.
De acordo com a Bloomberg, a big tech pretende posicionar o novo headset de realidade mista como um dispositivo para o trabalho. Para isso, ele suportará seus aplicativos de processamento de texto (Pages), planilha (Numbers) e slides (Keynote), bem como suas ferramentas de produção de vídeo (iMovie) e música (GarageBand).
Uma parte fundamental do produto será um mostrador que permitirá ao usuário mover-se entre a realidade virtual e aumentada. Quando em VR, ele estará totalmente imerso em seus aplicativos. Com o AR ativado, verá o mundo real ao seu redor de maneira semelhante às experiências ARKit em iPhones e iPads.
O dispositivo terá o controle de voz Siri, poderá executar vários aplicativos ao mesmo tempo, flutuando na interface de realidade misturada, e será operado através de gestos que o usuário fará com os olhos e as mãos.
Sua tela inicial será semelhante à do iPad e oferecerá um centro de controle familiar para ajustar os níveis de Wi-Fi, Bluetooth e volume. Ele ainda contará com sistema biométrico para desbloqueio, mas esse processo dependerá de uma varredura dos olhos, em vez de um rosto ou impressão digital.
De acordo com a reportagem da Bloomberg, o desafio para a novidade da Apple é se tornar mais do que um produto de nicho. Nesse sentido, a big tech defenderá que se trata de uma nova maneira atraente de produzir e consumir conteúdo – e que, no futuro, talvez venha a substituir o iPhone.