domingo, novembro 17, 2024

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Rio de Janeiro quer usar energia verde como alternativa a hidrelétricas

A ação inédita é destaque nesta sexta-feira na programação da segunda edição do Rio Innovation Week (RIW).

A Prefeitura do Rio de Janeiro vai comprar energia sem intermediação de concessionária. A ação foi destaque na programação da segunda edição do Rio Innovation Week (RIW), no painel “Eficiência Energética: primeira prefeitura a comprar energia limpa”, que ocorreu na sexta-feira (11). 

A medida é um projeto da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento (SMFP) do Rio, com foco no uso de energia eólica e solar, e será aplicada no abastecimento do Centro Administrativo São Sebastião (Cass) – edifício sede da prefeitura carioca – na Cidade Nova.

A expectativa é de economia de R$ 4,5 milhões ao ano nas contas públicas, já que a ação privilegia a adoção de fontes limpas e renováveis como alternativa ao abastecimento por hidrelétricas.

Tarifa de energia pode cair até 41%

O abastecimento de energia verde será viabilizado por um pregão lançado na sexta-feira (11), para compra direta com as geradoras, pelo período de 60 meses. A iniciativa permitirá que a Prefeitura aumente o leque de opções para esse tipo de negociação, uma vez que o mercado conta com cerca de 490 empresas comercializadoras varejistas, com preços que podem levar à redução de 41% na tarifa atual.

“Todos ganham com este projeto: o município, que economiza ao abrir mais opções para compra de energia; os cidadãos, que verão a melhor aplicação do seu dinheiro pago em impostos; e o meio ambiente, com a adoção de energia limpa e renovável”, afirma a secretária de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko.

De acordo com a subsecretária de Gente e Gestão Compartilhada da SMFP, Roberta Guimarães, o objetivo é ampliar o projeto piloto para todas as estruturas do município, como hospitais, escolas e empresas públicas:

“Além da sede da Prefeitura, estamos estudando a implantação da energia verde em outros 20 equipamentos municipais, com uma estimativa de economia de R$ 32 milhões anuais”.

Eletrobras apresenta iniciativas verdes com blockchain

Na mesma pegada da iniciativa verde, a Eletrobras, por meio da subsidiária FURNAS, foi uma das pioneiras no mundo a utilizar blockchain para a emissão e comercialização de certificados de energia renovável.  

A solução, batizada de RECFY, representa uma alternativa de menor custo e maior segurança em comparação com outras plataformas existentes no mercado.

“A RECFY é uma solução B2B que apoiará o processo de venda de certificados de energia renovável gerada por FURNAS”, explica a superintendente de Estudos de Mercados e Inovações de FURNAS, Fabiana Teixeira.

“A aquisição dos RECFY auxilia no cumprimento das metas de sustentabilidade das empresas, em relação as emissões de gases de efeito estufa, uma vez que possibilita o rastreamento da energia consumida”.

Segundo Teixeira, a plataforma RECFY utiliza a tecnologia Blockchain com o objetivo de facilitar a comercialização dos certificados de energia renovável.

O RECFY é um certificado de energia renovável emitido pela plataforma própria, desenvolvida por FURNAS e validada pela Bureau Veritas. Comercializado pela companhia desde junho de 2021, ele opera por meio de blockchain.

A Eletrobras também está usando a blockchain Corda R3, um dos parceiros do LIFT – Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas, uma iniciativa coordenada pela FENASBAC e pelo Banco Central do Brasil.

Os RECFYs possibilitam o rastreamento da energia elétrica consumida, permitindo que empresas compensem as emissões indiretas de gases de efeito estufa relacionadas ao consumo de energia elétrica.

Os certificados são originados nas Usina Hidrelétricas Mascarenhas de Moraes (SP/MG) e no Complexo Hidrelétrico de Simplício/Anta (RJ).

Eles auxiliam empresas no cumprimento de metas de sustentabilidade, que conseguem comprovar as ações que refletem na melhoria do meio ambiente. Cada certificado equivale a 1 MWh de energia renovável gerada.  

Via beincrypto

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