Preparados para mais uma mistura de arte e tecnologia? Do dia 12 de novembro a 22 de janeiro, o Centro Cultural Oi Futuro recebe a segunda edição da Bienal de Arte Digital, que contará com obras de mais de 60 artistas brasileiros e estrangeiros, além de 16 bolsistas do Comunidade UX, indígenas do projeto BrasilNFT Artes Originárias e um projeto que reúne talentos das periferias do Rio de Janeiro.
Após o sucesso da primeira edição, realizada em 2018, a exposição retorna de seu hiato de forma gratuita com tema “Condições de Existência”, contando com uma programação semanal, de quarta a domingo, das 11 às 20 horas. Além das instalações, a Bienal também contará com atividades, performances, oficinas e exibição de filmes ao longo de sua residência.
Com curadoria de Tadeus Mucelli, a Bienal de Arte Digital atravessa fronteiras e conecta artistas do Brasil, Alemanha, França, Espanha e Chile. Segundo Mucelli, se na primeira edição o objetivo era demonstrar o quão conectadas estão a arte, tecnologia e ciência, nesta, o objetivo é compreender e propor novas formas de coexistência entre esses elementos. “uma bienal é como um livro que, através de capítulos, tentamos dar voz a narrativas e visões, formas de ‘ser’ e ‘ver’ no mundo com as coisas sencientes. E quando dizemos “coisas” estamos incluindo uma ontologia digital (da vida) em interseção ou sobreposição a ontologia humana (de estar no mundo). Onde formas, processos e modos de existir convivem quase que onipresente com o que entendemos por ‘sersientes’, numa aproximação além de biorgânica e biotecnológica.”, explica.
CONHEÇA OS ARTISTAS
Confira alguns nomes que vão marcar presença no evento:
O espanhol Solimán López, através da arte contemporânea, inova as discussões sobre economia e agricultura com “OLEA”, uma instalação que apresenta a primeira criptomoeda voltada para o comércio de azeite.
Apostando em uma experiência sensorial imersiva, o engenheiro de som francês Felix Blume [apresenta] “Dream’s Cricket”, uma instalação sonora composta por 40 “grilos-falantes” que tocam as gravações do canto do macho à noite, feitos por crianças em uma oficina, além da exibição de um curta-metragem que promove a reflexão sobre mudanças climáticas e extinção de espécies.
Os artistas Séfora Rios, Yves Marotta, Paulo Stoker e Juliana Fasuolo, trazem a brasilidade ao Oi Futuro em uma experiência hiperdimensional em uma viagem para o metaverso. A instalação “Delírios Digitais” é um portal que leva a um espaço imersivo que reúne sensações físicas aliadas ao contexto digital.
Entre os indígenas, Zahy Guajajara, Cris Papion (Coletivo OCA – Observatório Cultural das Aldeias) e o Coletivo OYX (Paiter Suruí Cinta Larga) trazem obras digitais em NFT, unindo elementos da cultura indígena às artes digitais.