A Visa prevê que as tecnologias de virtualização do dinheiro, identidade digital, dados abertos e blockchain impactarão significativamente o futuro da movimentação de fundos e do comércio. É mais um gigante da indústria percebendo o inevitável: o ecossistema que envolve a web 3.0, blockchain, criptomoedas e stablecoins é um caminho sem volta.
Pensando no dinheiro digital e suas transações praticamente ilimitadas, a companhia de pagamentos se uniu a blockchain da ConsenSys Inc. para apoiar projetos de moedas digitais dos Bancos Centrais pelo mundo e vai permitir a interoperabilidade de várias chains para aceitar e viabilizar a troca de diversas moedas digitais em todo mundo, através do novo protocolo da empresa, o Universal Payment Channel.
“Os trilhos de pagamento em tempo real (RTP, na sigla em inglês) também estão ganhando força rapidamente e, em 2020, tivemos 56 países operando com trilhos de pagamento em tempo real, contra 14 países há 6 anos, explica a Big Tech.
Dados da plataforma que monitora as CBDCs no mundo, mostram que mais de 90% dos Bancos Centrais do planeta estudam, estão implementando ou testando suas versões de moedas fiduciárias no formato digital. Isso porque a tecnologia além de garantir transparência e rastreabilidade também é mais eficiente do que as transações eletrônicas tradicionais.
“Achamos que stablecoins e CBDCs coexistirão no futuro e haverá várias abordagens diferentes para criar produtos com base nisso”, disse o chefe de cripto da Visa, Cuy Sheffield.
CBDCs são diferentes de criptomoedas, como o Bitcoin, pois são emitidas e controladas pelo banco central de um país, enquanto as criptomoedas são descentralizadas e não são emitidas por um único governo ou instituição financeira.
Alguns argumentam que os CBDCs podem ter vários benefícios, como melhorar a inclusão financeira e tornar as transações mais rápidas e baratas. No entanto, também há preocupações sobre os riscos de privacidade e segurança, bem como o impacto que os CBDCs poderiam ter na estabilidade financeira e na política monetária.
Países, como a China, já estão explorando a possibilidade de emitir um CBDC, enquanto outros, como o Reino Unido, estão considerando se devem seguir o mesmo caminho. No entanto, ainda há muitas questões a serem consideradas antes que os CBDCs possam ser implementados em larga escala.
Via beincrypto