Popular entre startups e fintechs da Califórnia, o Silicon Valley Bank (SVB) tinha entre os clientes vários fundos de investimento e de venture capital com foco em criptoativos, metaverso e infraestrutura blockchain, além de empresas nascentes do segmento de ativos digitais. Entre as mais conhecidas, estão Blockchain Capital, Castle Island Ventures, Dragonfly e Pantera, segundo o CoinDesk.
O SVB não fazia parte diretamente do ecossistema de criptoativos como o Silvergate, que servia de rampa de acesso para recursos do setor financeiro chegar até empresas de ativos digitais e que optou voluntariamente por encerrar sua operação. Os dois bancos sofreram em meio à desaceleração do mundo das startups de tecnologia e de criptomoedas nos últimos meses com a alta dos juros nos EUA.
A intervenção no SVB chamou a atenção para a situação no Signature Bank, antigo parceiro da Binance nos EUA, que está reduzindo sua presença no segmento de criptoativos. As ações do Signature chegaram a cair 13% nesta sexta.
Para Caio Caputo, sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados, apesar de não estar diretamente ligada à indústria de criptoativos, a quebra do SVB deve ter impacto no segmento por meio dos fundos de venture capital que financiam o setor.
“Há uma expectativa de que isso impacte de alguma maneira o mercado e os investidores em ativos digitais, uma vez que muitos dos fundos de venture capital e investidores em projetos cripto, bem como suas investidas, tem o seu dinheiro custodiado no SVB”, disse.