domingo, novembro 17, 2024

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Brasil e Itália fecham acordo que inclui desenvolvimento de projetos conjuntos em blockchain e inteligência artificial na agropecuária

Memorando de entendimento prevê a cooperação científica entre os dois países pelos próximos cinco anos

A blockchain, tecnologia disruptiva que suporta as criptomoedas, e a inteligência artificial (IA) aplicada à agricultura estão no centro de um memorando de entendimento (MoU) assinado na última quarta-feira (14) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Conselho Nacional de Pesquisa (CNR) da Itália, acordo que tem por objetivo a cooperação científica entre as duas instituições. 

A assinatura aconteceu na sede da Embrapa em Brasília, com a presença do presidente da Empresa, Celso Moretti, da presidente da CNR, Maria Chiara Carrozza, e do embaixador da Itália,  Francesco Azzarello. Segundo a Embrapa, o novo acordo vai reforçar as parcerias bilaterais, como a atualmente desenvolvida entre a Embrapa Instrumentação, unidade de São Carlos-SP, e o Instituto de Materiais Nanoestruturados (ISMN), do CNR. 

O documento prevê, pelos próximos cinco anos, um intercâmbio de pesquisa que inclui outras áreas além da blockchain e da IA, como recursos naturais, biodiversidade e mudanças climáticas, biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de precisão e tecnologias de informação, sanidade animal e vegetal, sistemas de produção, agroindústria, segurança alimentar e competitividade agrícola. 

Referindo-se ao incremento do desenvolvimento sustentável e competitivo, a partir de projetos conjuntos e do intercâmbio de pesquisadores, Moretti classificou o MoU como “uma parceria de importância estratégica para o desenvolvimento de pesquisas e da inovação agropecuária.”  

A presidente do CNR, por sua vez, disse que é grande o potencial de possibilidades de cooperação, envolvendo transição ecológica e biodiversidade e áreas protegidas.

“São aspectos essenciais para que se desenvolva uma nova agricultura, que tenha circularidade e conectividade com o conceito de sustentabilidade ambiental. As tecnologias desenvolvidas na Itália e no Brasil podem ser compartilhadas, e ainda envolver outros países, como os do continente africano e do Oriente Médio”, acrescentou Maria Chiara.

O embaixador italiano também salientou o potencial de cooperação bilateral e a presença no Brasil da presidente da mais importante instituição de pesquisa da Itália. 

“O Brasil é reconhecidamente líder mundial no setor agropecuário e a Embrapa representa a concretização desse sucesso”, comentou. Ele lembrou o acordo de cooperação assinado em agosto do ano passado, ampliado agora e com maiores possibilidades de intercâmbio”, concluiu. 

Também estiveram presentes durante a solenidade o ministro conselheiro da Embaixada no Brasil, Fernando Pallini e os adidos agrícola Gianluca Cicchiello, e científico, Fabio Naro. Participaram ainda o assessor internacional da Presidência da Embrapa, Alexandre Amaral, a gerente-geral de Cooperação de Pesquisa e Inovação, Sabrina Castilho Duarte, e o supervisor de Cooperação Internacional, Carlos Henrique Canesin. 

Segundo a Embrapa, o acordo é um dos resultados da visita do diretor executivo de Pesquisa e Inovação, Guy de Capdeville, do superintendente de Estratégia, Bruno Brasil, e do coordenador do Labex Europa, Vinícius Guimarães, a quatro países europeus entre os dias 27 de junho e 8 de julho de 2022, quando foram iniciadas e ampliadas as ações de cooperação com instituições de PD&I da França, Reino Unido, Itália e Turquia. 

Em outro caso de uso da tecnologia blockchain direcionado ao campo, empresários da Argentina lançaram uma plataforma de tokenização de terras produtivas com tokens a partir de US$ 100.

Via cointelegraph

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