No dia 3 de agosto, os gestores da Embrapa Meio Ambiente se reuniram com o presidente do Polo de Inovação do Interior Paulista, Daniel Pellegrini, para discutir o possível uso de metaverso em um projeto de parceria entre as instituições.
O objetivo principal da ideia é inserir a pesquisa agropecuária no ambiente digital e imersivo.
Segundo Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, o movimento em torno da tecnologia irá permitir o desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor produtivo. Ela também ressaltou que este é um momento oportuno para se avançar na discussão do potencial dessa nova realidade.
“Há uma infinidade de aplicações, algumas inclusive desconhecidas, mas reconhecemos inicialmente o grande potencial para incrementar as capacitações à distância, por exemplo,” disse.
Daniel Pellegrini afirmou que os recursos presentes no ambiente virtual possibilitam a realização de capacitações muito mais imersivas, e que testes e avaliações de novas tecnologias poderão ser experimentadas com uma proximidade do real nunca imaginada.
“Imagine que técnicos, pesquisadores, parceiros possam estar em um mesmo ambiente, como se fosse uma sala de reunião presencial e sair dela, ainda no ambiente do metaverso para testar ou validar teorias discutidas e projetos, em um ambiente de simulação do mundo virtual”, projeta ele.
De acordo com a chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa, Janaína Tanure, a ideia é construir um metaverso vocacionado para o agro.
“Criar um metaverso na temática do agro não será por si uma finalidade, mas um meio para explorarmos as potencialidades que esse ambiente imersivo e interativo pode proporcionar e agregar valor à nossa missão. O metaverso tem potencial de revolucionar a maneira como as pessoas podem vivenciar e conhecer o ambiente rural, por meio de experiências realísticas onde as fronteiras entre o mundo físico e digital se tornam tênue”, disse.
Início do projeto
O chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Cristiano Menezes, disse que a ideia é começar o projeto com as abelhas nativas sem-ferrão.
Ele destacou que a nova ferramenta vai ajudar nas capacitações e criar experiências diferenciadas para os usuários.
“A demanda por esse tema tem crescido muito, por isso escolhemos as abelhas como piloto. Já oferecemos cursos e vídeos didáticos online, mas o metaverso oferecerá uma experiência muito mais real e efetiva do que conhecemos atualmente. Vale ressaltar que isso é apenas o começo. A tecnologia abrirá um universo de possibilidades que ainda desconhecemos”.
(adaptado da matéria do Canal Rural)